sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um povo sujo

Há algum tempo, eu estava na praia do Corsário, aqui mesmo em Salvador, quando uma senhora que dividia a mesa comigo (na época ainda existiam barracas), olhou pra mim e perguntou: "Você não é daqui, né?".
"Sou sim" - respondi. Na verdade, eu era novo sim, aqui na capital baiana,mas eu não queria mostrar ser certinho. Nunca gostei de ser rotulado de bom mocinho, menino comportado, politicamente correto, exemplar, inteligente, educado, etc e tal. Odeio quando as pessoas me acham assim. Mas o que isso tem a ver com a pergunta da senhora?
Ao fazer aquela pergunta pra mim, ela não levava em conta a minha aparência - que de baiano não tem nada  - mas sou baiano. Ao fazer a pergunta, ela leva em consideração o meu ato, a minha atitude. E qual foi essa atitude que mereceu um elogio? Pasme, simplesmente joguei o lixo que gerei na praia dentro dum saco plástico que eu levei pra lá e que depois pus numa lixeira. Senti-me como ET no meio dos terráqueos. "Que lugar é este em que a gente recebe um elogio por não jogar lixo na areia?", pensei. E aonde ela vai pôr o lixo dela? Ah, sim! Jogar na praia, né? Duvido que ela queira ser um extraterrestre.

Há poucos dias, fui até a uma ambulante, dessa vez na praia da Barra,também em Salvador e pedi um pacote de amendoim cozido. Pedi a ela pra me arrumar o saquinho plástico, pra eu não ter que jogar as cascas na areia ( não é pecado tão grave jogar cascas de amendoim na areia, já que trata-se de produto orgânico, mesmo assim eu não quis sujar a praia). A ambulante olhou pra mim e disse: "Meu "fi", é carnaval, num precisa disso não!" Oxente! Então na época de carnaval podemos ser "porcos", mal educados? E de onde ela tirou essa ideia de que é carnaval? Até onde eu saiba, essa festa é realizada em fevereiro ou março - mas nunca em janeiro ou demais meses.

Esses dois casos que acabei de citar, mostram como é o comportamento das pessoas em geral em relação ao lixo. Atitude de gente nojenta quando joga o lixo em via pública. Gente porca que não consegue guardar uma embalagem de salgadinho dentro da bolsa pra descarta-la em casa ou numa lixeira da cidade.Essas pessoas valem tanto quanto o nº2 que fazem na privada; valem tanto quanto o próprio lixo que descartam inadequadamente.
Essas pessoas não tem moral alguma de reclamar do poder público, quando elas mesmas não dão exemplo.
 O mar na cidade baixa está numa repugnância tremenda devido à toneladas de lixo - e adivinha quem pôs lá?
Essas pessoas nojentas, repugnantes, merecem mesmo receber o troco da natureza. Merecem ter a casa invadida pela água, porque a água não teve como escorrer para o bueiro, pois estava entupido pelo lixo. Merecem morrer afogadas na praia pra fazer companhia para lixo que jogou lá. Merecem ser lançadas num lixão quando morrerem, para serem consumidas pelos abutres. Gente imprestável que só serve pra causar peso à Terra.
Esse tipo de pessoa - que infelizmente é a maioria - só trará benefício à Terra quando morrerem.
Portanto, aqui vai meu recado:
Morre p****!

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