domingo, 27 de janeiro de 2013

O Brasil está de luto!

     Milhares e milhares são vítimas da violência urbana todos os anos em nosso país. Quem não se lembra dum recente caso, em que uma menina de apenas 4 anos, foi atingida por um tiro de bala na cabeça na noite de Natal na favela de Urubuzinho no Rio? Quem não se lembra de um recente caso, em que um jovem foi assaltado enquanto estava dentro do carro, e, mesmo não reagindo, foi baleado e morto pelos bandidos? São dois casos, que infelizmente, não são exceções, muito pelo contrário.O Brasil é o país com maior número absoluto de homicídios do mundo.Mesmo em números proporcionais, está num dos primeiros lugares.
     Morte por homicídio é uma coisa, morte por acidente no trânsito é outra. Centenas de pessoas morrem por dia no trânsito brasileiro, destruindo assim centenas de famílias.
     E o sistema de saúde pública? SUSsto! A falha no SUS foi um dos fatores que contribuiu para a morte de Adrielly dos Santos, a menina de 4 anos, citada acima. Os idosos têm que dormir na fila dos estabelecimentos de saúde para conseguir uma senha para serem atendidos semanas ou meses depois, Isso mesmo, eu não exagerei, meses depois.Experimente ficar ao menos um turno num desses hospitais públicos, e veja que situação! Pessoas morrendo aos poucos; recebendo leite com café nas veias; recebendo doses exageradas de medicamentos. Aliás, eu já estava esquecendo, para que serve a consulta, se você já sabe o que tem? Vai lá se consultar, sabe o que o doutor vai dizer: "É virose". Enquanto tudo isso acontece, os políticos pagam 600 mil reais a uma cantora de axé, para inaugurar um hospital público.
     E a seca que assola o semi-árido baiano, matando centenas de animais e deixando centenas famílias em necessidades básicas? A chuva chegou há pouco tempo, mas as necessidades persistem, e não se sabe até quando. Além das consequências às famílias e aos animais que moram na região da seca, muitos de nós, de outras regiões, também temos consequências, tal como: o aumento no preço dos alimentos. Você já tem  tenha noção de quanto está o preço da farinha, óleo e feijão? Caso você seja sustentado por alguém, talvez não sinta o impacto no bolso.Caso contrário, saiba que isso é resultado da seca em algumas regiões.
     Temos motivos pra chorar enquanto muitos que estão abaixo da linha de pobreza não tem o que comer, ao passo que muitos que estão com carro na garagem, estão recebendo bolsa-família. 
    Sim, todos os dias o Brasil chora - quer individual, quer coletivamente. A repercussão ao choro depende do tamanho do destaque da mídia.Por exemplo: aquele acidente de ônibus que matou 50 pessoas, que aconteceu em "brogodó", merece uma edição de capa ou um "notinha" lá no canto do jornal? Qual é o critério pra isso? O grau de renda das pessoas ou a região em que elas moram? Não sei! Só sei que todos os dias temos motivos para chorar pelo sofrimento alheio. Por isso eu concordo com o Governador Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, aquele Estado em que houve um acidente numa boat em que mais de 200 pessoas morreram de uma só vez, quando ele disse: "O Brasil está de luto". Pra confirmar a veracidade da declaração do Governador  leia o jornal do mês passado, de ontem, de hoje....
     Sim, Tarso Genro, o Brasil está de luto, e sempre esteve! 
     
     

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um povo sujo

Há algum tempo, eu estava na praia do Corsário, aqui mesmo em Salvador, quando uma senhora que dividia a mesa comigo (na época ainda existiam barracas), olhou pra mim e perguntou: "Você não é daqui, né?".
"Sou sim" - respondi. Na verdade, eu era novo sim, aqui na capital baiana,mas eu não queria mostrar ser certinho. Nunca gostei de ser rotulado de bom mocinho, menino comportado, politicamente correto, exemplar, inteligente, educado, etc e tal. Odeio quando as pessoas me acham assim. Mas o que isso tem a ver com a pergunta da senhora?
Ao fazer aquela pergunta pra mim, ela não levava em conta a minha aparência - que de baiano não tem nada  - mas sou baiano. Ao fazer a pergunta, ela leva em consideração o meu ato, a minha atitude. E qual foi essa atitude que mereceu um elogio? Pasme, simplesmente joguei o lixo que gerei na praia dentro dum saco plástico que eu levei pra lá e que depois pus numa lixeira. Senti-me como ET no meio dos terráqueos. "Que lugar é este em que a gente recebe um elogio por não jogar lixo na areia?", pensei. E aonde ela vai pôr o lixo dela? Ah, sim! Jogar na praia, né? Duvido que ela queira ser um extraterrestre.

Há poucos dias, fui até a uma ambulante, dessa vez na praia da Barra,também em Salvador e pedi um pacote de amendoim cozido. Pedi a ela pra me arrumar o saquinho plástico, pra eu não ter que jogar as cascas na areia ( não é pecado tão grave jogar cascas de amendoim na areia, já que trata-se de produto orgânico, mesmo assim eu não quis sujar a praia). A ambulante olhou pra mim e disse: "Meu "fi", é carnaval, num precisa disso não!" Oxente! Então na época de carnaval podemos ser "porcos", mal educados? E de onde ela tirou essa ideia de que é carnaval? Até onde eu saiba, essa festa é realizada em fevereiro ou março - mas nunca em janeiro ou demais meses.

Esses dois casos que acabei de citar, mostram como é o comportamento das pessoas em geral em relação ao lixo. Atitude de gente nojenta quando joga o lixo em via pública. Gente porca que não consegue guardar uma embalagem de salgadinho dentro da bolsa pra descarta-la em casa ou numa lixeira da cidade.Essas pessoas valem tanto quanto o nº2 que fazem na privada; valem tanto quanto o próprio lixo que descartam inadequadamente.
Essas pessoas não tem moral alguma de reclamar do poder público, quando elas mesmas não dão exemplo.
 O mar na cidade baixa está numa repugnância tremenda devido à toneladas de lixo - e adivinha quem pôs lá?
Essas pessoas nojentas, repugnantes, merecem mesmo receber o troco da natureza. Merecem ter a casa invadida pela água, porque a água não teve como escorrer para o bueiro, pois estava entupido pelo lixo. Merecem morrer afogadas na praia pra fazer companhia para lixo que jogou lá. Merecem ser lançadas num lixão quando morrerem, para serem consumidas pelos abutres. Gente imprestável que só serve pra causar peso à Terra.
Esse tipo de pessoa - que infelizmente é a maioria - só trará benefício à Terra quando morrerem.
Portanto, aqui vai meu recado:
Morre p****!